segunda-feira, 16 de maio de 2011

História do vestido de noiva

Ao longo da história, o vestido de noiva foi experimentando diversas formas, cores e feitios. Na Roma antiga, os vestidos de noiva eram um elemento central no ritual religioso e no Egito o branco era a cor base de quase todas as cerimônias. Na idade média, os bordados predominavam nos vestidos de casamento da nobreza. No entanto, foi a partir do século XIX que os vestidos de noiva ganharam significado e simbolismo.

Rainha Vitória
O branco foi impulsionado pela Rainha Vitória como nova tendência, embora só se tenha popularizado a partir do século XX.

A tradição do vestido de noiva branco começou no século XIX quando a rainha Vitória escolheu um modelo de cetim branco debruado de flores de laranjeira. A tendência espalhou-se rapidamente pela nobreza e pelas mulheres de classe alta. No entanto, a maioria ainda preferia vestidos coloridos, que poderiam ser usados noutras ocasiões.

Duque e Duquesa
de Windsor
Somente na década de 20 o vestido de noiva passou a ter a conotação que conhecemos hoje e o branco passou a ser a cor padrão. Ironicamente, esse foi o período que as mulheres começaram a lutar por direitos iguais e a moda sofreu mudanças drásticas, mas a peça tornou-se símbolo da pureza e do ideal romântico do casamento. Até hoje, todos os convidados querem saber como a noiva está vestida e quem criou o seu vestido. Durante décadas, os desfiles de alta-costura terminavam com apresentação de vestidos de noiva e este era sempre o ponto alto.


Elizabeth e Phillip
Em 1937 no casamento do Duque de Windsor, o vestido da Duquesa, a americana Wallis Simpson, se tornou um dos mais copiados na época. Eu sempre fico pensando em como a história dela é forte, imaginem, um homem renunciar a um reino para poder casar com você?

Não é à toa que alguns vestidos de noiva se tornaram referência para a moda de uma época. Se a rainha Vitória lançou uma tendência no século XIX, a sua bisneta Elizabeth surpreendeu tudo e todos com um dos vestidos considerados mais bonito quando se casou com Phillip Mountbatten, em 1947, usando um modelo de NormanHartnell, costureiro oficial da corte inglesa.

Jacqueline Kennedy
Em 53, do lado oposto do Atlântico, outro ícone de estilo casava-se com o futuro presidente do EUA. Jacqueline Bouvier Kennedy  escolheu um vestido com os ombros à mostra, de uma estilista pouco conhecida, chamada Anne Lowe. Para o seu segundo casamento, com Aristóteles Onassis, em 68, Jackie usou um vestido criado por Valentino. Em 1996, sua nora, Carolyn Bessette, trouxe Narciso Rodriguez para o mapa da moda quando vestiu um dos seus modelosminimalistas no seu casamento com John Kennedy Jr.

Grace Kell

Em 1956, o vestido de casamento de Grace Kelly com o príncipe Rainier de Mônaco, em que a atriz foi considerada uma das noivas mais bonitas de sempre, continua a ser referencia de moda e apontado como um dos vestidos mais bonitos. 

Na década dos anos 60 viveu-se uma autentica revolução sexual. As minissaias estiveram na moda nupcial. Flores naturais nos longos cabelos e véus mais curtos. 

Charles e Dian
 Duas décadas depois, em 81, Lady Diana no seu casamento com o príncipe
Charles usou um dos vestidos mais emblemáticos do século, tendo-se tornado um ícone na história de moda dos vestidos. As mangas em balão e o véu com todo aquele comprimento inspiraram as mulheres que desejavam que o seu casamento fosse semelhante a um conto de fadas.
  

As noivas de preto 

Nos séculos XVI e XVII a aristocracia da Espanha usava a vestimenta preta. Essa moda chega também aos palácios da Irlanda e da Inglaterra. No final do século XVII chega à Pomerânia onde as mulheres no seu dia de bodas, em forma de protesto, vestiam-se como princesas de luto, pois muitos príncipes da Europa estabeleceram leis nos feudos que a primeira noite de núpcias de uma noiva, caberia ao príncipe e não ao noivo. Muitas pomeranas ainda adotavam uma fita verde na cintura, na esperança de dias melhores.
Noivos pomeranos de
Santa Maria do Jetibá / ES
Os pomeranos eram de origem germânica Mais tarde essas terras receberam o nome de PO MORJE. Até o século XIX, a Pomerânia era uma Província da hoje já não existe mais na Europa. No Brasil, se fixaram em Santa Leopoldina, ES (1857),  São Lourenço do Sul, RS (1858), Colônia Santo Ângelo - Agudo, RS (1858), Rio Pardinho, RS (1859),  Santa Maria de Jeribá, ES (1859) e Pomerode, SC (1861). Existem hoje perto de 360 mil descendentes de pomeranos em nosso país.

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